"AUSÊNCIA" NO PRIMEIRO TEMPO FOI FATAL
UTAD 4 - BOAVISTA FC 1
Intervalo 3-0
Jogo no Pólo despotivo de Vila Real
Árbitros: Mário Silva e José Órfão
Constituição das equipas:
UTAD
CLAÚDIO, HÉLDER, VINICIUS, BERTO e JANDER
Jogaram ainda:
BARROSO, RAFA, DENIS, PAULO e BRUNO
BOAVISTA FC
ALEX, FERREIRA, LIBÓRIO, EDIVALDO e ROGÉRIO
Jogaram ainda:
SALGADO, MARAU, FÁBIO, KUKES, TEIXEIRA e RAMADA
DISCIPLINA:
Amarelos:
BOAVISTA; Libório (09) e Edivaldo (25,34)
VERMELHO (por acumulação) Edivaldo aos 34
UTAD
Amarelo:
Rafa (39)
MARCADORES:
1-0 JANDER (9)
2-0 BERTO (15)
3-0 BERTO (18)
4-0 VINICIUS (34)
4-1 KUKES (38)
Comentário:
Se é verdade que todos os jogos se iniciam ao minuto zero e terminam ao minuto quarenta, numa prova curta e tão decisiva como o Play-out, esta realidade tem muito mais importância e pode ser absolutamente decisiva, pois pouco tempo existirá para uma recuperação de uma tarde má. O Boavista tem conhecimento deste facto, mas não se lembrou “dele” na tarde quente de Vila Real.
As panteras estiveram simplesmente “ausentes” no primeiro período do encontro e isso foi-lhes fatal para o jogo e mais grave, pode ter hipotecado toda uma época. O Boavista talvez tenha confundido calma e paciência, com um adormecimento que seria fatal, para as aspirações de discutir o jogo.
Como um mal nunca parece vir só, a este cenário se juntou uma tarde completamente cinzenta da equipa de arbitragem, principalmente do Senhor Mário Silva, que juntou a sua má tarde à forma habilidosa como Berto, disputou o jogo, iludindo o árbitro com situações irreais, cuja principal vítima foi Edivaldo, que acabaria expulso, por ter sofrido uma falta dentro da área adversária… só sobre este axadrezado viria a ser marcadas cinco faltas.
Quanto ao jogo, os Boavisteiros demasiado passivos, cometeram sete erros no primeiro tempo. Em três a UTAD marcaria por igual número de vezes. Nos outros quatro os axadrezados perderam quatro oportunidades a menos de um metro da linha final, da baliza Vila-realense.
Condicionados por atingirem??? a quinta falta aos nove minutos de jogo, os boavisteiros ficaram inibidos de atacar e a defender cometeram algumas infantilidades.
No segundo tempo foi diferente, o Boavista jogou em todo o campo, disputou todos os lances com entrega, com raça e lutou contra o prejuízo da primeira parte. A UTAD viveu momentos difíceis, mas com uma almofada de três golos de vantagem, apresentou-se sempre esperançada em guardar a vantagem.
O guardião de Vila Real teve defesas quase impossíveis, juntando alguns equívocos do árbitro principal, que não viu jogadas de carrinhos dentro da área e conseguiu transformar uma clara penalidade, numa simulação…de Edivaldo expulsando-o e acabando com todas as ilusões do Boavista.
Aproveitando a vantagem numérica a UTAD faria o quarto golo e sentenciava o encontro! O Boavista marcaria o seu ponto de honra a dois minutos do final, golo que apareceu demasiada tarde, para se emendar os erros cometidos na primeira parte.
A ausência no primeiro tempo e a tarde da equipa de arbitragem foi uma mistura explosiva e inultrapassável para a pantera, enquanto os jogadores da UTAD aproveitaram e venceram facilmente um jogo que se esperava muito equilibrado e, que de equilíbrio nada teve. Lamentamos dizer isto, mas a dupla de arbitragem (principalmente o árbitro principal) realizou as piores exibições que vimos em todos os jogos do campeonato. Critério desigual, bola na mão era falta contra o Boavista mas não era contra a UTAD. Jogar de carrinho dentro da área da UTAD (duas vezes) era normal. O guarda redes Vila-realense jogou de pés juntos no meio campo, cortando um contra ataque e nada…
É obvio que a UTAD não teve culpa de nada disto e acabou por vencer bem, um jogo que aproveitou para se lançar na luta pela manutenção!
O MINUTO DO JOGO
Minuto 18
O intervalo aproximava-se e tentando guardar a vantagem, o técnico da UTAD troca de guarda-redes para que Bruno (senhor de grande domínio de bola) organiza-se posse de bola para levar a preciosa vantagem para o intervalo. Numa dessas jogadas, nova desconcentração Boavisteira, permitiu a uma jogada ao segundo poste e novo golo da UTAD.
Quando desejava defender a vantagem de dois golos, eis que inesperadamente conseguia a vantagem de três…
A FIGURA DO JOGO
BERTO
Mais de ter marcado dois golos, Berto conseguiu manietar a equipa de arbitragem, confundindo-os e levando Edivaldo à expulsão. Dirão os adeptos, “fez o seu papel”… os árbitros deixaram-se enganar e acabaram numa mistura que decidiu o jogo.
Crónica de Hugo Monteiro