ENTREVISTA COM MÁRIO VIEIRA
Chegou a meio da época, mas cedo conseguiu ganhar a confiança do plantel, ganhando uma cumplicidade com os jogadores e que, acima de tudo, personalizou a frase universal “de trabalho é trabalho e conhaque é…”.
Todos lhe reconhecem grande competência e por essa razão, consideram que foi uma vitória a sua continuidade no Boavista.
Vamos descobrir, o tal Mário Vieira.
BoavistaFutsal – Quem é, este elemento da equipa técnica de Alberto Melo que transita para a de Rui Pereira?
Mário Vieira – Sou o Mário Vieira, formado pelo CEFAD com o curso de preparador físico e desportivo, cheguei ao Boavista F.C. como estagiário a meio da temporada e neste final de época fui convidado para dar continuidade ao trabalho anteriormente desenvolvido.
BF – Chegaste a meio da época, numa fase complicada. Como analisaste a situação com que deparaste?
– Encontrei um plantel psicologicamente abatido, confuso mas que senti que era um grupo vencedor e capaz. Aliás só um grupo assim conseguiria vencer essa situação.
– Nessa altura, o espírito de grupo foi crescendo e conseguimos facilmente perceber que o objectivo do plantel era mostrar a todos, que eram capazes de garantir o Play-off, tão breve quando possível.BF – O que não aconteceu. Porquê?
– Muitas das vezes por falta de sorte, outras por inexperiência global do plantel, inclusive da equipa técnica que se viu – forçada pela situação – a crescer à pressa. A jovialidade do plantel poderá também ser levada em conta, uma vez que, sempre senti que os nossos adversários não nos eram superiores.
BF - Crescer à pressa? O que significa?
- Quero dizer com isso, que o Alberto Melo teve que assumir um cargo sem contar. Sendo obrigado a formar uma equipa técnica com elementos que não tinham pratica alguma, como eu e o Tiago, para além disso os problemas eram enormes e apareciam a todo o momento. Só a experiência do Alberto Melo, conseguiu por um lado treinar a equipa e formar a “nossa” equipa. Fê-lo com o coração… mas fê-lo sem tempo para ter dúvidas!
BF – Atirados para o Play-out, alguma vez sentiste medo, do pior?
– Nós encaramos a realidade do Play-out e começamos a prepará-lo no primeiro minuto em que caímos nele, com o único pensamento em vencê-lo, para mostrar a injustiça que era uma equipa ter andado toda época entre o sexto/sétimo lugar e de repente, se ver obrigada uma prova injusta, até na sua existência e calendarização.
– Foi um choque! Quem conhece instituição Boavista F.C. associa-a a uma dimensão enorme. A actual situação – aquela com que deparei - é bastante diferente. Não pelo nome do Boavista, mas pelas dificuldades apresentadas no dia-a-dia.BF – Criticas… mas, vais continuar! Como explicas essa contradição?
– Porque me foi apresentado, um grupo de pessoas e um projecto bastante aliciante, sinto que, neste momento a Direcção do Clube está com o futsal e o futsal já pertence, de corpo inteiro, ao Boavista e que o departamento já não é o “patinho feio” do clube.BF – Acreditas no projecto liderado pelo Eng. António Marques, que embora difícil de realizar, é possível?
– Acredito no projecto e acredito no homem! O senhor Eng. Marques está sempre presente no nosso trabalho, é um homem sério e de convicções sérias. Acredito que, se depender dele o futsal do Boavista assumirá a dimensão que o Clube exige e representa.BF – Na realidade que existia, o futsal do Boavista quase se extinguiu. Como se salvou? Qual foi a “bóia de salvação” que se encontrou?
– A “ bóia”… foram duas! Existe dois momentos que considero chaves para a salvação do departamento. A vinda dos Senhores, Presidente-Adjunto Inspector Tavares Rijo e do Vice-Presidente Eng. António Marques ao balneário, dando a cara e demonstrando que o assunto não era “exterior ao Clube” e que a Direcção estava atenta ao que se passava, não se comprometendo com promessas (até ai todas por cumprir) e outro momento é, o compromisso assumido pelo grupo, baseado na continuidade do “seu” capitão.BF – Após estes momentos, alguma vez sentiste o grupo vacilar?
– Não, acho que não! Acho que vacilei mais eu que o grupo. Há um momento que vacilei - talvez por ser novo no Clube e não conhecer a sua mística – que aconteceu no jogo com o Olivais, até esse jogo nunca tinha o Boavista jogar tanto e tão bem, senti que o Play-off estava garantido e … de repente com o empate… ficou adiado.BF – Neste momento, com a chegada de sangue jovem e ideias atrevidas no qual te incluo, o Departamento está em grande actividade. O que levou o “Big Boss” a considerar, ser este ano o ano zero. Sentes mudanças?
– É impossível até para os nossos adversários, não se aperceberem que o Futsal do Boavista, está a mudar para melhor. A mensagem, que neste momento passamos para o exterior, é tão forte, que neste período de férias só se fala de nós! No que diz respeito à responsabilidade desta renovação ou remodelação, não posso deixar de dizer que o grande reforço da época de 2007/08 é o senhor Pina. (ndr. Fui obrigado a colocar… queria o contrário, mas MV insistiu).
BF – Objectivos para a época que se avizinha?
– Acho que vai ser uma época diferente, dentro da nova imagem do Boavista F.C. O Clube, está em franca recuperação e o futsal não é excepção.
Alex – Capitão e grande amigo.
Buffon – Maluco e grande guarda-redes.
Salgado – Jovem com muito potencial.
Plínio – Potencial, mas com muito para crescer.
Fábio – Um diamante para lapidar.
Rogério – Muito forte, mas tem que mudar a atitude.
Ramada – Boa técnica. O melhor em Xove.
Libório – Eficaz! Um atleta.
João – Potencial. Será que vai aproveitar?
André – Muito bom. Discreto.
Miguel – Muito jovem e bom, só falta “calo”.
Lipa – Excelente! Fez mal em mudar.
Kukes – Um atleta.
Bruno – Muito futuro… Queira ele.
João Pedro – O juvenil… com muito futuro.
BF – E as aquisições?
Edivaldo – Forte, bom pivot.
Ferreira – Canhoto
Guri – Pontapé canhão.
Meia – Muito rápido! Gosto.
Cristiano - Jovem e muito ágil.
BF – O Ministro (Carlos Alberto)?
- Amigo! Faltam as palavras…Homem forte do balneário.
BF – Mensagem final…
- Gostava de agradecer a todos pela forma como me receberam e a oportunidade que me deram para trabalhar a este nível. Um obrigado especial ao Alberto Melo, que me deu uma autonomia para desenvolver as funções na equipa principal. Agradecer ao Director do Departamento, António Morais, que acreditou na minha filosofia de trabalho. Agradecer ao Carlos Alberto, por ter influenciado a minha entrada no Boavista para a realização do meu estágio.
Agradecer a aposta e confiança depositada por todos e me especial pelo senhor Pina que levou a que o Rui Pereira, tivesse apostado na minha continuidade. Por último, mas não sendo o último, agradecer ao Rui Pereira a aposta em mim, para fazer parte da sua equipa. Estou certo de duas coisas, a primeira da minha inteira disponibilidade e entrega, a segunda que irei aprender mais com os seus conhecimentos.
BF – E…para terminar?
- Resta-me apelar a todos (sem excepção) atrás citados, para que nesta nova época, sejamos unidos e fortes, para que juntos consigamos elevar ao expoente máximo o futsal do Boavista F.C.
Agora seguro “em terra” eis que ansioso se prepara para nova viagem, nesta nau axadrezada!
Que seja mais calma… mas se voltar alguma ondulação, estejam certos… o Mário Vieira, estará lá!
A bordo... claro!
Ainda bem k existem homens c este é destes k o bfc precisa para deixar de ser um clube so de nome...Toma conta do meu gand amigo (gago) :):)
Abraço tudo de bom amigo.
Posted by Anónimo | julho 10, 2007 12:50 da manhã
Este buffon nunca nos vai deixar...
Posted by M. Pina | julho 10, 2007 9:04 da manhã