< Blog dos Séniores do Futsal do Boavista FC: EDIVALDO EM ENTREVISTA

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EDIVALDO EM ENTREVISTA

Já pertenceu ao Boavista, saiu à procura de melhores condições financeiras e "encontrou" a parte desumana do desporto em que se exige tudo ao atleta e pouco mais se dá que o equipamento para jogar, algo abatido, regressa ao Clube que o acolhe e o trata primeiro como homem e só depois lhe dará os equipamentos.
Falamos de Edivaldo, que ainda esta época voltará a ser o grande Edi.

Há quantos anos estás em Portugal?
- Há nove anos.
Em que clubes jogaste?
- O primeiro clube em Portugal foi o Instituto D. João V, depois passei para o Famalicense, em seguida vim para o Boavista e na última temporada estive a representar o Alpendurada.

A tua aquisição por parte do Boavista abanou e surpreendeu o mundo do futsal português, como foi possível?
- Não digo que abanou o futsal, pois a temporada anterior que estive aqui o Boavista marcou-me muito, é sempre um clube que todos se orgulham de representar e eu sempre disse isso, quem me conhece é disso testemunha, a época que aqui passei foi apenas uma, mas pareceu que foram três ou quatro tal o modo como me trataram. Fui muito bem tratado pelas pessoas que aqui estavam e que são quase as mesmas, senti sempre que tinha ficado com as portas abertas por parte do Clube e com vontade de regressar por minha parte.
Mas mesmo assim, foi uma surpresa.
- A questão da minha contratação é que eu confio muito no António Morais e ele me fez uma proposta que considero boa para mim e acho que também é boa para o Boavista e que me fez pensar em poder mostrar o meu valor num clube tão grande com este.

Dizes mostrar o teu valor, porque fazes esta afirmação?
- Eu tive uma lesão grave há dois anos num joelho e estive parado durante uma época. Debelada essa lesão regressei mas na época seguinte (última época) sofri de uma lesão que é uma puvalgia e assim no total, estive duas épocas em que nunca me aproximei do meu real valor e nada melhor que começar num clube de nome, como o Boavista para lançar de novo.

Pensas então em relançar a tua carreira, mas com a operação que vais realizar irás para algum tempo. Pensas ainda ter tempo para esta época para o tal relance da carreira?
- Penso que esta lesão apesar de incomodar muito a sua recuperação é rápida e quem me conhece sabe que eu me cuido muito, que trabalho muito e acho que esta lesão não me vai impedir de dar o meu contributo ao Boavista e ajudar a alcançar os objectivos que temos e que eu também mereço pois já são dois anos em que não consigo jogar um futsal que sou capaz.
A equipa do Boavista é uma equipa jovem, que continua em formação. O que pensas que é capaz de alcançar esta jovem equipa?
- Acho que estes jogadores jovens que estão jogando no Boavista, têm muita qualidade e o ano passado já mostraram isso e que têm qualidade para levar o Boavista ao mais alto nível. Eu serei um dos mais velhos do plantel e tenho uma responsabilidade de ajudar todos os mais novos e assumo ela. Eu costumo dizer quando os miúdos têm valor e qualidade é fácil ajuda-los e aprender (também)-com eles.

Aprender com eles?
- Sim aprender com eles! Quando somos mais velhos, temos mais experiência temos a noção da cobertura dos espaços e achamos que nem é necessário correr tanto, mas os miúdos estão ali para correr para desequilibrar e em muitos jogos são eles que vão resolver, nós estaremos ali para apoiar para ajudar.
Resumindo, queres tu e o Boavista (nesta época) correr rumo ao futuro em busca do que já foram no passado?
- Exacto. Temos que ter metas na vida e a minha meta agora é recuperar e mostrar todo o meu valor, porque as más línguas dizem que eu estou acabado para o futsal, mas eu sei que isso não é verdade e vou trabalhar não para mostrar isso, porque o que dizem de mim não me interessa, mas para me sentir bem comigo, pois isso é o que interessa, para dar o meu contributo á equipa, porque o resto vem por acréscimo, com os êxitos do todo, acabo por fazer a minha afirmação.

E falando da operação. Como estás de moral?
- Moral…moral … é complicado dizer isto, porque uma operação é sempre uma situação de risco, mas eu nunca quis ser tanto operado, porque sei que após a operação eu vou começar tudo de novo, porque o pior que tem para um atleta é jogar uma época lesionado e não poder corresponder ao que dele esperam… (algo emocionado e medindo as palavras, sentíamos que hesitava em falar ou… e resolvemos interromper)

Magoado com algumas pessoas?
- Sim é isso, magoado! Sem rancores sem raiva.

Estarás nas mãos do teu amigo Ministro, sentes confiança na recuperação rápida?
- Sim sinto e tenho muita confiança no meu amigo Carlos.

Pois então deixemos o Edivaldo nas “mãos” do departamento médico e estaremos atentos aos pormenores para voltar a falar de novo (agora já como jogador)
Boa sorte.